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Pesquisa analisa preservação de línguas de imigrantes na região do Médio Vale do Itajaí

O uso de línguas de imigrantes está diminuindo na região. Esta é umas das conclusões da dissertação defendida pela mestranda Cleide Beatriz Tambosi Pisetta nesta quarta-feira, 7, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da FURB. Sob a orientação da Profa. Dra. Cyntia Bailer, a dissertação tem como título “Línguas de Imigração e o Aprendizado de Línguas Adicionais: Atitudes de Alunos da Educação Básica em um contexto bi/plurilíngue”.
A pesquisa analisou dados coletados de 27 estudantes do primeiro ano do ensino médio de uma escola estadual no município de Rodeio, no Médio Vale do Itajaí (SC) . A pesquisadora é da cidade e já havia lecionado para muitos dos alunos entrevistados, o que para ela facilitou no diálogo para captação das informações. Sua pesquisa foi focada no uso dos idiomas italiano e alemão, considerando a predominância das línguas na cidade.
Os resultados mostraram que aqueles jovens que falam línguas de imigração as utilizam com pessoas mais velhas, já que muitos da sua faixa etária, mesmo descendentes de imigrantes italianos e alemães, não possuem domínio dos respectivos idiomas. Enquanto que o inglês é visto como língua franca, para se comunicarem com o mundo, assim como o espanhol, idioma utilizado majoritariamente na América Latina. Outro ponto levantado foi a utilização de tecnologias digitais por parte dos estudantes, como jogos, quando existe um contato mais direto com o idioma aprendido do que há na escola. Com isso, a pesquisa constatou que a preservação cultural de línguas de imigrantes tem perdido forças com o passar de gerações.
Foto: Raquel Briana Piske
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