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Ainda sem data definida, Furb prepara retorno gradual de aulas presenciais
Por Aline Camargo
A mudança da classificação da região do Médio Vale do Itajaí de Grave para Alto no Mapa de Risco do Governo do Estado no início do mês de outubro foi o ponto de partida para que as instituições educacionais colocassem força na retomada das atividades presenciais – já que apenas regiões de risco Alto ou Moderado de contágio podem permitir o retorno das aulas.
Com isso, a Furb apresentou o Plano de Retorno Gradual das Aulas ao comitê municipal. O documento precisa ser aprovado para que a instituição possa determinar a data de retorno das aulas presenciais.
Inicialmente previsto para 13 de outubro – conforme a data anunciada pelo Governo do Estado – o retorno das aulas na Furb ainda não tem data para acontecer. Isso porque a instituição estabeleceu no plano um prazo mínimo de 15 dias para informar alunos e professores sobre a retomada integral. Este prazo porém, só passa a contar depois que o comitê aprovar o plano de retomada da instituição, o que ainda não aconteceu. Só depois da aprovação do plano a reitoria deve definir quando alunos e servidores voltam a ocupar integralmente os corredores da universidade.
Servidores já iniciaram retomada gradual
Para os servidores a retomada começou com o trabalho escalonado, seguindo uma série de orientações. Desde o dia 16 de setembro as atividades administrativas presenciais estão funcionando em regime de escala e em horário parcial. O retorno integral deve seguir as mesmas orientações que estão sendo oferecidas a alunos e professores.
Entre as diretrizes para o retorno das atividades administrativa está a permanência em regime de tele trabalho para servidores com acima dos 60 anos; integrantes de grupo de risco (confira a tabela ao final do texto); servidores com filhos em idade escolar ou inferior que necessitem de assistência enquanto as aulas permanecem suspensas; e responsáveis pelo cuidado de uma ou mais pessoas com suspeita ou confirmação de diagnóstico de covid-19, desde que residam na mesma casa.
O presidente do Sinsepes, Morilo José Rigon Junior, explica que a entidade entende a necessidade do retorno parcial ao trabalho e afirma que está acompanhando as movimentações. “Nem tudo poder ser feito de forma remota. Entretanto, todos os cuidados e precauções para garantir a segurança sanitária devem ser observados. O Sinsepes tem acompanhado essa retomada gradual, porém faz algumas ressalvas de nem todas as determinações legais vêm sendo cumpridas na FURB. Inclusive, até o presente momento, a aferição de temperatura nas entradas dos campi não vem sendo realizada em todos os acessos; em alguns campi, a medição está sendo feita em todas as pessoas que acessam a instituição, mas aqui nos campus 1 existe somente um ponto de controle, na entrada principal do bloco A. Nas demais entradas do campus há livre acesso de pessoas sem medição de temperatura”, aponta.
O sindicato também tem acompanhado algumas situações de conflito entre chefias e servidores, por conta de diferenças na retomada dos trabalhos, já que alguns setores considerados essenciais retornaram ao trabalho integralmente, enquanto outros seguem em regime parcial e tele trabalho. “Sempre que há essa diferenciação entre os setores, isto acaba gerando um conflito entre os servidores. O Sinsepes tem atuado de forma a mediar essa retomada de trabalho para que o servidor possa cumprir as suas obrigações e atender às necessidades da instituição, mas sempre observando todos os requisitos legais. Há também servidores com filhos em idade escolar, sem ter com quer deixá-los para vir trabalhar presencialmente. Casos assim precisam ter ainda uma maior ponderação, para que fique bom tanto pra instituição, quanto para o servidor. Então de forma pontual, caso a caso, o Sinsepes tem atuado”, exemplifica.
>> Clique aqui para conhecer o Plano de Retorno Gradual das Aulas
Confira algumas das medidas que fazem parte do plano e compõem o Protocolo de Biossegurança Geral:
- Será obrigatória a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel 70%, periodicamente;
- Exigir o uso de máscaras para todas as pessoas que entrarem e permanecerem nas dependências da Universidade;
- Fazer a higienização dos espaços da instituição de acordo com os protocolos de biossegurança;
- Recomendar para não usar adornos diversos que dificultem a higiene adequada das mãos;
- Evitar compartilhar o uso de canetas, papel, pranchetas, telefones fixos, celulares e outros materiais de uso pessoal;
- Afixar nos locais de grande circulação orientações de cuidado e higiene pessoal;
- Demarcar espaços físicos para distanciamento nas praças de atendimentos, cantinas, biblioteca, entre outros;
- Considerar o espaçamento de 1,5 m de raio entre as pessoas nas salas de aula e laboratórios;
- Respeitar a capacidade máxima de cada espaço de uso coletivo da Instituição, de acordo com o especificado e manter todas as áreas/ambientes ventilados (se possível, com portas e janelas abertas), evitar o uso de ar-condicionado;
- Na porta de acesso principal da Universidade será obrigatório manter tapetes ou panos úmidos com solução de água sanitária para higienizar os calçados;
- Recomendar o isolamento de 14 dias de qualquer pessoa que acesse a Universidade e apresente os sintomas da COVID-19;
- Notificar às autoridades sanitárias a existência de casos confirmados de COVID-19 em acadêmicos e servidores;
- Oferecer, de forma mediada por tecnologia, cursos de biossegurança específicos para o momento da Pandemia e sobre o uso de EPIs para estudantes, docentes e técnicos administrativos.
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